Laser faz revolução na estética

Essencial na cirurgia plástica, o Laser é empregado atualmente em diversos tipos de terapias. Cirurgias de pálpebras, rejuvenescimento facial (lifting e peelings) e correção das orelhas de abano são os usos mais freqüentes do Laser na estética facial.

Segundo o cirurgião Charles Yamaguchi, presidente da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia (SBLMC), um das principais razões para que o Laser seja utilizado na cirurgia plástica é a coagulação. Ele explica que uma das causas da dor na cirurgia é o fato de que quando se corta a pele, há terminais nervosos que ficam expostos e que causam a dor. Com o Laser, esses terminais nervosos – responsáveis pelos inchaços e edemas - são coagulados e isso diminui tanto a dor quanto o sangramento e o inchaço.

De acordo com o cirurgião plástico Nelson Augusto Letizio, na cirurgia de pálpebras, a vantagem do Laser é possibilitar que o corte seja feito por dentro, evitando qualquer tipo de marca. Essa cirurgia é utilizada para a remoção de bolsas gordurosa localizadas dentro das pálpebras inferiores.

Para tratar o vitiligo, vem sendo utilizado o Laser Ultravioleta B. Diferentemente da Fototerapia B, esse método possibilita que o Laser seja aplicado apenas na área onde há necessidade, preservando as regiões ao redor. "Com duas aplicações por semana, durante cerca de 20 a 25 sessões, desaparecem as manchas. Além disso, o índice de reincidência do vitiligo é bastante baixo", afirma Cid Sabbag.

Na lipoaspiração, o Laser também é muito utilizado. O ND Yag tem a capacidade de explodir as células de gordura e de coagular os pequenos vasos. “Um dos maiores problemas da lipo é o sangramento pós-operatório e o aparecimento de marcas roxas, ondulações e fibroses. Com o Laser, isso diminui e a recuperação torna-se mais rápida”, explica Charles Yamaguchi. O Laser abre ainda caminho para a retirada posterior da gordura, que fica muito mais simples, sem aderências e obstáculos.

Há ainda o Dye Laser, utilizado na remoção de pequenos vasos da face, chamados telangictasia. Quando o número desses vasos é grande, forma-se a chamada capa rósea ou rosácea. A retirada dos microvasinhos serve ainda para o tratamento de dermatites seborréicas e da psoríase, que é a escamação da pele.

Já o Therma Cool, uma das grandes promessas no tratamento da flacidez facial, baseia-se no mesmo princípio do Laser, ou seja, a penetração na derme por um tipo específico de energia. Trata-se de um aparelho de radiofreqüência que emite vibrações ao invés de luz. Ele age em profundidade, estimulando o colágeno, responsável pela elasticidade da pele. No tratamento, a derme se contrai, diminuindo a flacidez, sem a necessidade de cirurgia.

Outra terapia que vem gerando ótimos resultados é a associação do lifting – cirurgia feita para levantar a pele caída do rosto – com o chamado resurfacing – peeling feito a Laser. A função do peeling a Laser é rejuvenescer a derme através da fotoestimulação das fibras colágenas.
De acordo com o cirurgião plástico Cláudio Roncatti, um dos fundadores da SBLMC e um dos pioneiros no uso dessa associação no mundo, a vantagem de utilizar os dois tratamentos é que esticando a pele com o lifting e tratando-a com o resurfacing, é possível dar ao rosto um aspecto mais jovem e harmonioso.

Ainda na área estética, foi lançada há quatro meses nos Estados Unidos a técnica de combate à calvície com o uso de Laser. O tratamento une o Laser a medicamentos específicos à base de hormônios, como o estradiol, ativando e regenerando as células do bulbo capilar.