Brasil, 04 de Maio de 2024
07 de fevereiro de 2003

Exportações de cosméticos dobram em 5 anos

Exportações de cosméticos dobram em 5 anos



Exportações de cosméticos dobram em 5 anos

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, ouviu números impressionantes do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basílio da Silva.

O setor vem se expandindo sem parar dentro e fora do país, duplicou suas exportações nos últimos cinco anos e atingiu o primeiro superávit na balança comercial em 2002, com US$ 35, 8 milhões. É uma trajetória crescente que aponta para um aumento de 12% na receita líquida da indústria este ano, a mesma expansão registrada no ano passado sobre 2001.

Mais do que uma estratégia, a investida no comércio exterior foi uma necessidade. Apesar de registrar crescimento contínuo no mercado interno desde 1992, a indústria de cosméticos viu a demanda no Brasil cair em 1998, quando o aumento do faturamento líquido foi um pouco menor, de 8% sobre o ano anterior, contra o crescimento anual de 11,5% em 1997. Era preciso abrir novas frentes. "A idéia de exportar surgiu para que a empresa tivesse um melhor aproveitamento comercial", afirma Tatiana Gonçalves, coordenadora de comunicação da Nazca, companhia fundada em 1986 e especializada em produtos para cabelo. Em outubro passado, a Nazca estreou no segmento de produtos para a pele.

A Nazca iniciou seus esforços exportadores há três anos. Em 2002, a Nazca fechou seu primeiro cliente internacional, a distribuidora Diamantino Viegas, de Portugal, para onde foram enviadas, no ano passado, 30.000 unidades de produtos da marca brasileira. Segundo Maércio Kramer, gerente de exportações da Nazca, a meta é que as exportações representem até 20% da receita da empresa "a longo prazo".

A evolução das exportações brasileiras, em sua curta história, se dá em proporção inversa à trajetória das importações no período. Em 1997, as exportações somaram US$ 78,7 milhões, contra um volume de US$ 250 de importações, o que resultou num déficit de US$ 171 milhões. Em 1998, foram US$ 80 milhões em exportações, contra US$ 235 milhões em importações, um saldo negativo em US$ 155,7 milhões. Já em 1999, o déficit sofre um baque: cai a US$ 68,9 milhões, e, em 2000, US$ 60,3 milhões. Em 2001, o déficit vai a US$ 23,8 milhões e em 2002 se dá a virada, com o já citado superávit de US$ 35,8 milhões.

No mesmo intervalo de tempo, a variação anual, sempre positiva, do faturamento líquido é a seguinte: 11,5% mais em 1997, com receita de R$ 5,5 bilhões, 8% em 1998, com R$ 5,9 bilhões, 12,5% e R$ 6,7 bilhões em 1999, 16,2% e receita de R$ 7,7 bilhões em 2000, 11,2% e R$ 8,6 bilhões em 2001 e 12,7% em 2002, com R$ 9,7 bilhões faturados. Para este ano, a receita projetada é de R$ 10,9 bilhões. A indústria de beleza é dominada por produtos de higiene pessoal, que correspondem por 64% do setor, seguida pelo segmento de cosméticos, com 23% e de perfumaria, com 14%.

Com o crescimento do mercado de cosméticos, aumentam também as ofertas de emprego, seja aquela vaga para trabalhar no balcão de loja ou para bater de porta em porta, a chamada venda direta. De 1994 a 2001, a oferta de empregos no setor crescer 102,3%, atingindo 2,4% da população economicamente ativa. A venda direta é, de longe, o segmento que mais emprega: sustenta 1,2 milhão de vagas de trabalho. Em seguida, vem o ramo dos profissionais de beleza, ou de serviços do setor, como cabelereiros, manicures e esteticistas, que emprega cerca de 1 milhão de pessoas.

Fonte: Informe Cidade Biz

 

 


 
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